Recentemente, com a criação da personagem Luciana da novela Viver a Vida, muita gente se voltou pra questão da inclusão social dos deficientes.
Vi recentemente em telejornais de várias emissoras de TV a denúncia de pessoas que utilizam indevidamente as vagas de estacionamento destinadas as pessoas com deficiências.
Muitas pessoas ainda não perceberam a importância dessas vagas para as pessoas que realmente necessitam delas.
Na novela, a personagem cadeirante é rica, não precisa de utilizar transporte coletivo, não trabalha, tem os pais 24 horas disponíveis, academia de fisioterapia em casa, um namorado lindo, rico e médico, enfim, o que quero dizer com isso é que a realidade da maioria das pessoas com deficiência não é essa.
Quantas pessoas sequer tem dinheiro para comprar uma cadeira de rodas ou aparelhos ortopédicos.
Eu, quando criança, passei por isso. Eu dependia da assistência social do meu município para obter o aparelho ortopédico, pois minha família não tinha condições de comprá-lo. O serviço era tão demorado que, quando eu recebia a bota ortopédica, ela já não cabia no meu pé.
Enfim, acho que a novela está retratando apenas os deficientes da elite. E os pobres? Onde aparecem nessa história???
Fica aí uma mensagem pra reflexão.
bjs
MLEE
Perfeitos os comentários, Mirian. As novelas não têm compromisso com a realidade, mas a partir do momento que queiram dar essa impressão, como quando abordam temas sociais, deviam fazê-lo de um jeito melhor. Realmente, Luciana vive numa bolha protetora, o que não acontece com a esmagadora maioria das pessoas com necessidades especiais. Continue instigando esse assunto, pois as novelas passam e a realidade fica (você que o diga!). Beijos!
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